“Vou beijar-te agora, não me leve
a mal, hoje é carnaval”
Esta frase, que é de uma antiga
marchinha carnavalesca, demonstra o pensamento reinante nestes dias. É um
período de intervalo moral, um momento de relaxar as amarras sociais. Neste
tempo chega-se a pensar que Deus fecha seus olhos e já não leva tão a sério o
pecado da imoralidade, enquanto homens e mulheres expõem ao alcance de mãos e olhos alheios, a sensualidade que deveria ser reservada tão somente para o seu
cônjuge.
Este, certamente, seria um bom
início de mensagem pastoral caso se tratasse de outros carnavais. Todavia,
muita coisa mudou! O carnaval brasileiro já não é mais um intervalo imoral em
nossa sociedade. Infelizmente, não há mais intervalo!
A imoralidade avança pelo
calendário, indo muito além da quarta-feira de cinzas! Já não se restringe aos
salões e sambódromos, tem tomado jornais, revistas, casas e avenidas. A
imoralidade afronta a família, sem medo ou risco algum.
Muitos pais podem até se
preocupar com a possibilidade da gravidez de suas adolescentes, ou com a chance
delas contraírem Aids ou outra DST, contudo, não lhes parece mal vê-las
vestindo-se de forma ousada, dançando sensualmente, ou mesmo dormindo com o
namorado, desde que não se esqueçam do preservativo.
Catastroficamente, já não importa
mais se é ou não carnaval, o sexo e a sensualidade tornaram-se produtos baratos
que favorecem a venda de qualquer item comercial, mesmo aqueles dirigidos ao
público infantil!
Ao mesmo tempo em que a
prostituição busca assumir status de profissão e o homossexualismo persegue a
imunidade social, moças e rapazes virgens são excluídos como alienígenas e
igrejas tornam-se meros cenários para a celebração de casamentos que todos
sabem que não vão durar.
Infelizmente, mesmo em igrejas
evangélicas, presenciamos nossas jovens diminuindo a saia e aumentando o
decote, talvez, mesmo que inconscientemente, para realizar os desejos de nossos
jovens, acerca do modelo de mulher ideal expresso nas ousadas fotos postadas em
seus “facebooks”.
Resta ao menos saber se os nossos
acampamentos de carnaval, além de entreter e diverti-los, tem despertado neles
a necessidade de uma vida santa e comprometida com Deus; e se nossos sermões e
estudos bíblicos os tem, de fato, ajudado na luta diária contra as tentações!
Convenhamos, a luta é intensa num
país, em que, moralmente falando, todo o dia é carnaval!
Fugi da impureza. Qualquer outro
pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo.
1 Coríntios 6:18
1 Coríntios 6:18