sábado, 31 de janeiro de 2015

Que canseira...

Era exatamente assim que muitos do povo de Deus se referiam ao culto no tempo do profeta Malaquias. Chegavam a pensar: Pra quê tanto trabalho se no final o cordeiro vai para o fogo? Aliás, pensavam eles: Se for para queimar, melhor que seja um animal doentinho, sem serventia, e deixar o saudável para alimentar a família. Era mesmo muito curioso o modo como Deus queria ser adorado no Antigo Testamento. Um culto repleto de rituais sangrentos, jejuns, longas leituras da Bíblia e demoradas orações, com todo o povo em pé. Parece mesmo sem nexo, tanto esforço e sofrimento. Olhar para o passado refletindo acerca dessas coisas pode nos levar ao erro de acreditar que isso só podia ter acontecido por pensarmos se tratar de um povo ignorante e primitivo; e que nós, gente esclarecida do século XXI, nada temos com isso; daí o nosso culto ser tão mais agradável que o deles.

Se assim fosse, haveríamos de dar razão aos “avançadíssimos” questionadores do tempo de Malaquias. Todavia, avançando um pouco mais nas páginas da Bíblia Sagrada, encontramos o Senhor Jesus, o verdadeiro Cordeiro de Deus, sofrendo terrivelmente até a cruz. Vemos então, que todo o sacrifício feito no mundo todo, antes ou depois dEle, em nada se compara com o tremendo feito do Salvador. Percebemos que não há esforço ou oferta que possamos fazer capaz de pagar o grande sacrifício de Cristo em nosso lugar. Não, os fiéis adoradores do Antigo Testamento não eram ignorantes, ignorantes eram os “avançadíssimos”
maus adoradores do tempo de Malaquias, bem como aqueles que ainda hoje querem prestar a Deus um culto que não dê nenhum trabalho, um culto ao gosto do adorador, repleto de alegria, de arte e de beleza, mas, esvaziado do sentimento de profunda gratidão ao Deus Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quanto tempo estamos dispostos a permanecermos na igreja para adorar a Deus? Quais cânticos mais nos agradam? Que tipo de pregação nos atrai?  Não importa o culto que desejamos prestar, o que importa realmente é o culto que Deus deseja que lhe prestemos!
E dizeis ainda: Que canseira! E me desprezais, diz o SENHOR dos Exércitos; vós ofereceis o dilacerado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta. Aceitaria eu isso da vossa mão? —diz o SENHOR. Pois maldito seja o enganador, que, tendo um animal sadio no seu rebanho, promete e oferece ao SENHOR um defeituoso; porque eu sou grande Rei, diz o SENHOR dos Exércitos, o meu nome é terrível entre as nações. Ml 1. 13,14.
 

Desça já daí!!!

Contaram-me certa vez uma lenda sobre um muro que marcava a fronteira entre os que servem a Deus e os que não são  Seus servos. Nessa história os anjos clamavam insistentemente para um grupo de pessoas para que saíssem de cima do muro e viessem para a luz, enquanto o diabo, calmamente, apenas observava. Assim, após muitas insistências angelicais, alguém das trevas se irrita e pergunta ao maligno por que ele não usava seu poder de sedução para chamar aquelas pessoas indecisas para o lado deles. Conta-se que a resposta foi simples e objetiva; disse o malvado: - Não é preciso; o muro é meu!

Bem sabemos que se trata de uma história fictícia; contudo, encerra uma inusitada verdade: Serve ao diabo aquele que não tem um compromisso vivo real e verdadeiro com Cristo!

Infelizmente, hoje em dia quantos há que tentam servir ao Senhor de forma avulsa e descomprometida!  Sua falta de posicionamento se denuncia quando dizem que todos os caminhos levam a Deus, que toda forma de amor é válida, que só o que importa é o coração e que é preferível estar ausente da igreja a ser um crente hipócrita. Desse modo, tanto é possível vê-los num culto evangélico, como num baile funk ou num bloco de carnaval.  Os tais podem ser chamados de “crentes domingueiros”, “cristãos não-praticantes”, “agentes secretos de Cristo”, ou apenas “simpatizantes do Evangelho”; todavia, o resultado é o mesmo: Deus não é o Senhor absoluto de suas vidas! Entretanto o que não percebem é que, sua falta de firmeza, além de prejudicar a si mesmos ainda é importante ferramenta do diabo para que outros lhes sigam o exemplo; e à medida que aumenta a população de cima do muro, mais tranquilo fica o inimigo de nossas almas.

Urge que nos lembremos das palavras de Jesus:  Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha (Mateus 12:30); e assim firmarmos um compromisso vivo, real e verdadeiro com aquele a quem chamamos de Senhor!

Que Deus nos abençoe!!!