quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Preço e Validade

 “Até quando vou continuar nesse emprego?
Até encontrar outro que  me pague mais, ou  me dê uma perspectiva de ascensão.
Por quanto tempo continuarei casado?
Enquanto eu me sentir feliz e realizado.
Por quanto tempo me manterei calmo?
O tempo todo, desde que ninguém pise no meu calo...”

Você, por acaso, se identificou, ou conhece alguém que se identifique com alguma dessas respostas? Não quero dizer que um emprego deva ser para sempre; também não ignoro que amizades e  até casamentos possam se dissolver; o que estou questionando é o quanto nos tornamos previsivelmente inconstantes. Parece que nessa nossa sociedade de consumo, tudo já vem com preço e prazo de validade!
Você pode  me  responder: Calma aí! O quadro acima representa a vida de pessoas sem Deus!
Contudo, mesmo nas igrejas, percebe-se uma banalização das coisas que foram feitas para durar: juramentos, laços de amizade, votos de amor conjugal, profissões de fé e promessas de batismo.
Sim! A inconstância adentrou os templos, e desde então, batismos, profissões de fé e bênçãos nupciais acabaram relegados a meros “fatos sociais”,  onde os convidados, os trajes, as pompas, as fotos, a filmagem e até os comes-e-bebes são mais importantes do que os compromissos assumidos!
É nesse momento que uma nova rodada de perguntas e respostas tem o seu lugar:
Até quando serei fiel ao meu cônjuge?
Até encontrar alguém a quem me dê mais amor!
Qual o meu grau de envolvimento com a igreja?
Até ao ponto que alguém me irrite ou me desvalorize!
Quando vou orar, ler a Bíblia e ensinar sobre Jesus aos meus filhos?
Quando sobrar tempo!
Por quanto tempo ficarei nessa igreja?
Até encontrar outra onde eu me sinta melhor!

E diante de respostas tão previsíveis, acerca do preço e da validade dos compromissos firmados, surge o tentador, oferecendo um companheiro mais atraente, um emprego sufocante  (mas, que paga muito bem!), um desconforto qualquer na sua igreja e uma igreja mais interessante e menos exigente com o cumprimento dos seus compromissos. Se este é o nosso preço, ele está disposto a pagar!
Estamos avaliando direito? Será exato o preço medido pelo coração humano? 
Não!!! Este não é o nosso preço!
O preço da vida de um cristão já foi e só poderia ser pago pelo sangue de Jesus Cristo; e a validade do nosso contrato é eterna. Para este preço e validade jamais houve nem haverá proposta maior!

Retornemos às perguntas:
“Até quando vou continuar nesse emprego?
Enquanto eu entender que posso servir ao meu Senhor através dele, ou até que encontre um outro onde eu possa servi-lO mais.
Por quanto tempo continuarei casado?
Até que a morte nos separe, ou, em caso extremo, até que seja necessário escolher entre o meu cônjuge e a fidelidade ao meu Deus.
Por quanto tempo me manterei calmo?
O tempo todo, desde que a calma não seja desculpa para a covardia e a ira não seja desculpa para o pecado.
Até quando serei fiel ao meu cônjuge?
Por toda a minha vida!
Qual o meu grau de envolvimento com a igreja?
Me dedicarei de fato, sem descuidar dos meus demais deveres com Deus, com a família e com a sociedade.
Quando vou orar, ler a Bíblia e ensinar sobre Jesus aos meus filhos?
Vou testemunhar de Cristo à minha família, por palavras e atitudes, por todo o tempo!
Por quanto tempo ficarei nessa igreja?
Se possível for, por toda a vida, ou em caso extremo, até que seja necessário escolher entre a minha igreja e a fidelidade ao meu Deus.

Eis as respostas de um coração resoluto!
Sei que somos pecadores, que podemos falhar, por isso, para cumprir esses compromissos nos amparamos e nos esforçamos, em total dependência da graça e da misericórdia de Deus!
Nosso compromisso é real, é  forte e verdadeiro, ainda mais poderoso do que o nosso pecado, pois em Deus temos forças para não pecar; e nas fraquezas, perdão para nos reabilitarmos, e, com convicção, retornarmos ao compromisso!  

Sendo assim, prossigamos irmãos, firmes no cumprimento dos compromissos assumidos, na certeza da salvação das nossas almas que de uma vez por todas Cristo comprou com o Seu sangue! 

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Responda com Sinceridade:

Quem geralmente é melhor aceito: Aquele que convida para a diversão, ou o que aconselha a não ir? Quem promete lucro fácil, ou o que chama para o trabalho duro, comprometido? Quem elogia ou quem observa as falhas?
Se formos realmente sinceros, acredito que a maioria de nós, senão todos, temos mais facilidade com a primeira opção de cada questão.
É claro que, um pouco de diversão não faz mal a ninguém, afinal o lazer é uma parte importante de nossa existência. O problema é quando o divertimento passa a ser mais importante do que os planos para o presente e o futuro. E também não há mal algum em se procurar maneiras mais fáceis e eficazes de se alcançar os objetivos, pois com razão consideramos tolo aquele que insiste em se esforçar mais do que o necessário; todavia, não se inventou até hoje e creio que não se inventará coisa tão boa que não exija trabalho dedicado para que dê bons frutos. E, além disso, todos não apenas gostamos, como precisamos dos elogios alheios, para que não desanimemos em nossa jornada; contudo, o bajulador nunca nos tornará pessoas melhores, pois só encarando nossas deficiências é que poderemos superá-las.
Disse Jesus: Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mateus 7. 13, 14).
Como podemos ver, estamos na “contra-mão” do mundo e dos nossos próprios sentimentos, muito embora não tenhamos porque nos entristecer, visto que o destino de nossa caminhada é a Jerusalém Celestial.
Precisamos sempre rever nossos passos para que não nos deixemos iludir pelas “borboletas” do caminho ao lado. Assim, viver a vida cristã não significa abrir mão de todo lazer e alegrias que o mundo oferece, mas estar dispostos a abrir mão deles quando nos atrapalham, distraem ou nos desviam de dar ao reino de Deus e à sua justiça o primeiro lugar de nossa dedicação.
Lembremos da ordem do Senhor: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33).  Vale a pena seguir o caminho estreito e pedregoso de Cristo, o caminho é difícil, mas o destino é maravilhoso e sua companhia é sem igual.
“...desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus”. Hebreus 12:1,2.
E que Deus assim nos conserve!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Convém que Ele cresça...

Certa vez Jesus, falando sobre João Batista, disse que dentre toda a humanidade ninguém fora tão grande quanto aquele profeta (Lucas 7.28). João Batista foi o homem escolhido por Deus para anunciar a chegada de Cristo, e quando o Senhor Jesus iniciou seu ministério João já era muito famoso, e multidões iam ao deserto para ouvi-lo.
Pois bem, um dia disseram para João que Jesus já tinha mais seguidores do que ele, e a sua resposta foi:
“O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada. Vós mesmos sois testemunhas de que vos disse: eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor. O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo que está presente e o ouve muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois esta alegria já se cumpriu em mim. Convém que ele cresça e que eu diminua”. (João 3.27-30)
Isto está bem de acordo com o que Jesus disse em outra parte:
“Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores. Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve”. (Lucas 22. 25 e 26)
Contudo, em nossos dias a igreja cristã, de um modo geral, tem sido campo de combate onde homens e mulheres têm se enfrentado na busca de promoção ou cargos que acreditam só eles poderem exercer. O que se vê muitas vezes é pessoas que não querem se comprometer com os trabalhos da igreja, enquanto outros que dizem servir ao Senhor não aceitam servi-lo a não ser que estejam em posição de grande destaque.
Todavia, na caminhada cristã, há de se considerar acima de tudo, que Deus é o próprio condutor da História, e o maior interessado no bem da Sua Igreja (Romanos 8.28).

Assim, nós jamais precisaremos brigar ou lamentar por esta ou aquela “oportunidade” que aparentemente nos foi negada, mas nos dispormos a realizar a obra do Senhor com humildade e união, submetendo-nos à liderança que Ele colocou sobre nós, na certeza de que, no momento em que o Senhor quiser, e da maneira que Ele quiser, receberemos das Suas mãos a oportunidade e as condições para efetuar a obra para a qual Ele nos escolheu. Deste modo estaremos de fato assumindo em nossas vidas que o que importa realmente é que Ele cresça, e que cada um de nós diminua!