domingo, 26 de julho de 2015

OS DESIGREJADOS

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!”
Salmo 133. 1

 Hoje em dia, um novo fenômeno tem crescido em nossa sociedade envolvendo crentes das mais diversas denominações. Com as freqüentes decepções com líderes religiosos e tensões nos relacionamentos dentro das igrejas, muitos tem optado por um cristianismo solitário dando origem ao movimento dos “desigrejados”. Chamamos movimento, pois, esses estão em número cada vez maior. Eles reservam sua fé para si mesmos ou, no máximo a compartilham com amigos e parentes próximos, mas, para evitar problemas, geralmente se mantém extremamente reservados e acompanham os cultos de sua preferência pela Internet, rádio ou televisão. Dizem que esta é uma nova modalidade de cristianismo onde o ganho é o mesmo e não há riscos. Será que, desta forma, finalmente foi resolvido o problema de falta de comunhão entre os crentes? Parece que sim, pois, separados uns dos outros eles não vão mais brigar entre si. Mas, voltemos à Bíblia Sagrada e, logo veremos que não é este o remédio preparado por Deus para as crises entre irmãos. É claro que Deus não quer que vivamos em contendas, mas, Ele preparou maneiras apropriadas para que elas sejam resolvidas. 

O verdadeiro e eficaz remédio para tais conflitos envolve leitura da Bíblia, oração, aconselhamento, perseverança, paciência, perdão e as mais diversas formas de demonstrar amor (conf. I Co 13). Mas, quem está disposto a fazer este “tratamento de choque”? Infelizmente, muitas vezes nos reunimos na igreja apenas na intenção de receber amor, e quando surgem os embates nos afastamos e, assim, nós mesmos não demonstramos o amor que a Palavra de Deus nos recomenda. A única razão legítima para nos afastarmos de uma determinada comunidade é quando chegamos à conclusão de que seus ensinamentos e práticas, biblicamente falando, não permitem mais que recebam o nome de Igreja Cristã.  Tal afastamento só deve se dar após todas as tentativas amorosas de solução, vendo que os líderes persistem em ensinar coisas estranhas à viva Palavra de Deus; e o passo seguinte é se unir à uma igreja que obedeça à Bíblia Sagrada.
Lembremos que, mesmo uma igreja fiel terá embates e dificuldades, pois, todos somos pecadores. Mas, onde o amor cristão prevalece os problemas são resolvidos e ao final os relacionamentos se fortalecem e Deus é glorificado! "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." João 13. 35

2 comentários:

  1. Boa noite, amado irmão!
    De fato, os motivos de abandono das denominações são os mais diversos e não podem ser de todo desconsiderados e a Igreja de Cristo é muito maior do que a mera expressão local. Todavia, como a própria palavra diz, igreja significa antes de tudo reunião, e é indispensável a necessidade de se reunir com outros crentes, pois não pode haver a união do "eu comigo mesmo". Deste modo, ninguém pode apropriadamente se chamar de igreja se não considerar primariamente o seu papel na igreja local, em união com outros iguais a si mesmo, pecadores, redimidos pelo sangue de Cristo, mas, ainda pecadores. Sei que há certas comunidades que nem mais merecem o nome de igreja, mas, isto não é motivo para desacreditar que seja possível localizar em seu tempo e cidade uma comunidade de servos fiéis à Bíblia. E ainda que temporariamente a igreja não puder ser encontrada, será um ensejo de Deus para começar um grupo de oração em sua própria casa, até que venha a crescer e se estabelecer como igreja local ou se unir a outra denominação irmã, também fiel ao Senhor. Defendo que abandonar a busca pelos irmãos de fé é desprezar a atuação de Deus entre o Seu povo e o aconselhamento e, no mínimo, arriscar a se tornar escravo das próprias convicções!
    "... Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.".Hebreus 10:25
    Que Deus nos ilumine!

    ResponderExcluir