sábado, 28 de outubro de 2017

A IGREJA NO BRASIL E A REFORMA PROTESTANTE

Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. 2 Timóteo 4. 3,4

No tempo de Martinho Lutero havia grande confusão entre os cristãos, sufocados que estavam entre as pressões dos reis e dos papas, enquanto os primeiros dominavam seus corpos, estes últimos buscavam submetê-los a todo o tipo de imposições, ameaçando-os com um triste destino para suas almas.
As pessoas viviam atormentadas pelo medo da ação das bruxas e do diabo, munindo-se para isto de todo o “conhecimento” para poder identificá-los, à mercê de todo o tipo de exorcismos e protegendo-se com amuletos, e objetos abençoados. Em toda a Europa ouvia-se de pessoas abastadas que possuíam relíquias caríssimas, como frasquinhos, contendo gotas do genuíno leite da “Virgem Mãe”, outros com dentes ou ossos de algum apóstolo ou mártir cristão, e até mesmo detentores de legítimos pedaços da cruz de Cristo; muito embora, também havia quem afirmasse que com tantos pedaços da cruz espalhados pela Europa daria facilmente para construir uma Arca de Noé!
Naquele tempo, o comércio das almas era tão intenso, a ponto de estipularem em dinheiro o preço do perdão, mesmo de pessoas que já haviam falecido!
Foi contra este estado de coisas que se levantou a voz dos Reformadores, para que se voltasse ao antigo e verdadeiro Evangelho da “Salvação Pela Graça”, tão somente através da Fé em Jesus Cristo.
Nós, evangélicos brasileiros, somos herdeiros da Reforma do Século XVI, e celebramos agradecidos a Deus os 500 anos do ato heroico de Martinho Lutero, afixando as 95 Teses de protesto contra a venda de perdões. 
Entretanto, atualmente, olhando o cenário religioso à nossa volta, podemos perceber a presença de problemas semelhantes aos que se depararam os primeiros reformadores. Vemos pessoas vendendo seus bens preciosos como casas e carros para dá-los aos líderes religiosos que prometem curas e vantagens decorrentes deste ato; enquanto outros, menos abastados, contentam-se em adquirir poderosos lenços, abençoados frasquinhos de água do rio “Nilo” ou “Jordão”, e os mais diversos óleos “ungidos”, a preços “módicos” dezenas de vezes mais caros que o mesmo objeto não-religioso vendido no mercado. Ao mesmo tempo em que o desconhecimento da Bíblia mais e mais é notado entre o povo crente, satisfeito em confiar plenamente nas promessas de seus líderes, que, seguindo o exemplo da igreja romana, são verdadeiros papas em suas denominações.

Graças a Deus, nem todas as igrejas cristãs e líderes evangélicos são assim, ou partilham da mesma opinião; ainda há, em diversas denominações evangélicas, servos fiéis que, com amor e fidelidade, se dedicam à Obra de Deus!

Mas, dado à alarmante situação de muitos, rogamos ao Senhor que tenha piedade de nossa nação e levante outros tantos “Luteros brasileiros” a protestar contra esta vergonhosa compra e venda das almas incautas. Que a igreja evangélica brasileira volte a ser pastoreada por homens sinceros e não gananciosos que busquem a Glória de Deus e o bem do Rebanho de Cristo! 

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