terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Vamos Chorar?


Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte. II Coríntios 7. 10.
Todos procuramos a felicidade, e esperamos chorar apenas de alegria, nunca de tristeza. Todavia, sabemos que não é possível passar por esta vida sem sofrer e sem chorar. De fato, a tristeza por muitas vezes nos assalta, e há cenas deprimentes como a de Jacó que aos cento e trinta anos respondeu a Faraó: “Poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida” (Gênesis 47.9).  Mas, prestemos atenção que nem toda tristeza deve ser rejeitada como má. Pois, conforme vemos na segunda carta de Paulo aos Coríntios, a tristeza segundo Deus produz arrependimento. Eis aí uma tristeza benéfica, isto é, a tristeza que nos move a detestar o que Deus detesta, e deste modo, detestar o pecado que existe em nós. Esta tristeza, segundo Deus, é salutar pois nos leva ao arrependimento, como Pedro que, após negar a Cristo por três vezes, chorou amargamente (cf. Mateus 26.75). Tão necessária se faz esta tristeza para nos modelar conforme a vontade de Deus! É melhor sentir esta tristeza do que, seguir alegremente no pecado, esperando, sem notar, pelo castigo divino. O sentimento de pesar nos leva ao arrependimento diante de Deus e à alegria do perdão, que nos fortalece na nossa luta contra o mesmo pecado! 
Infelizmente, há ainda um outro tipo de tristeza pelo pecado, mas, que não é segundo Deus, e sim segundo o mundo, este sentimento não conduz ao arrependimento e sim a autodestruição, a esta forma de tristeza chamamos “remorso”. No mesmo momento em que Pedro, chorava arrependido, Judas Iscariotes, movido pelo remorso, foi enforcar-se. A tristeza segundo o mundo só faz afundar o pecador na sua miséria e não buscar o socorro e o perdão divinos. Necessário se faz que os homens não continuem alegres e satisfeitos com seus pecados, e também não sintam aquela tristeza destrutiva que os leva a abandonar toda esperança de vitória sobre o mal, mas, verdadeiramente tristes e chorosos por seus pecados, busquem a Deus em verdadeiro arrependimento, na certeza de uma nova vida em Jesus!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal, Papai Noel!


Querido Papai Noel, calma, não se precipite, essa não é mais uma carta pedindo brinquedos, dinheiro ou cura! Não! Estou lhe escrevendo porque conheço o seu segredo e o seu sofrimento. Quero, sinceramente lhe agradecer, pois embora um senhor gordinho, vestido de vermelho, com cinto, botas e touca, possa não parecer a melhor representação comercial das festas natalinas, muito pior seria se os anunciantes de repente resolvessem usar a figura de Nosso Senhor Jesus Cristo para aumentar suas vendas. Assim, considerando isto, já não te acho tão antipático quanto te via antes.

Quero lhe falar que, enquanto muitos dizem que você não existe, eu bem sei que existe sim, e que é bem humano. Sei que você fica horas sentado no corredor de um shopping lotado, com crianças em seu colo, e que estas, nem sempre bem educadas, não param de lhe puxar a barba. Imagino como você deve ficar incomodado com esta roupa de inverno, com direito a touca, em pleno verão brasileiro. Sei que outras vezes, como bom velhinho, você se torna garoto propaganda de todo o tipo de produtos de consumo, desde refrigerantes até de carro importado! Muitos dizem que papai Noel não vai à favela, e isto eu sei que não é verdade, e que lá você costuma ser bem recebido, apesar de lembrar com tristeza que numa dessas vezes, te vi correndo de uma multidão de crianças e adultos, querendo arrancar à força o que lhes era entregado com tão boa vontade. E pior de tudo é que, tendo participado da alegria natalina de tantas casas, a sua própria família, aguarda a sua volta na esperança de que tenha ganhado o suficiente para poderem também comemorar o Natal.

Contudo, em chegando a noite, diante da mesa e das felicitações, peço que se poste ao lado, e que homenageie o verdadeiro aniversariante! Retire sua touca suada em sinal de reverência e adore ao Filho de Deus que nasceu em Belém.

Pegue uma Bíblia e leia a história do natal, tome um hinário em suas mãos e arrisque um cântico natalino.

Agradeça a Deus pelo emprego provisório, que lhe deu alento financeiro nestes dias, peça-lhe que cuide dos seus amados, onde quer que eles estejam, e que, principalmente lhe perdoe os erros cometidos, lhe dando um sorriso verdadeiro de quem não mais teme o futuro!

Espero que o seu banquinho no corredor daquele centro de vendas não seja tão duro que lhe cause câimbras, e que as crianças não sejam tão mimadas a ponto de lhe trazer constrangimento, mas, sobretudo, que Jesus Cristo seja o Senhor da sua vida, e que você tenha de fato e possa, com propriedade, desejar a todos: UM FELIZ NATAL! 

domingo, 18 de dezembro de 2011

Acerca da Lei Contra a Palmada


Novamente estamos às voltas com este nefando projeto de lei que criminaliza toda forma de castigo corporal, mesmo os leves e moderados aplicado pelos pais aos filhos rebeldes.

Eis a proposta que em 2006 sugeri ao meu presbitério (PRCN), e que, tendo sido aprovada, foi remetida ao Sínodo, e deste ao Supremo Concílio, onde também foi aprovada e se tornou base para uma representação da Igreja Presbiteriana do Brasil ao Senado Brasileiro:

"Acerca do Projeto de Lei 2.654, da deputada federal Maria do Rosário (PT/RS), que proíbe toda forma de castigo corporal a crianças e adolescentes, projeto este que até aqui tem sido aprovado nas instâncias anteriores e segue para votação no senado; o PRCN

Considerando:
A clara posição da Igreja Presbiteriana do Brasil contra toda forma de violência, tortura e tratamento desumano;
Que o claro ensino bíblico de Provérbios 4, 1-27; 22.6; 13:24, 19:18, 22:15, 23:13, 23:14 e 29:15, Efésios 6:4, 1 Timóteo 3:4  entre outros, instrui acerca da responsabilidade paterna de bem educar as crianças, bem como do papel do castigo corporal leve e moderado para o desvio da rebeldia e formação do caráter; 
Que o castigo corporal, da parte dos pais aos filhos, quando oportuno, moderado  e amoroso, tende a coibir as más atitudes e cooperar na formação do bom cristão e a promoção da cidadania;
Que o castigo físico, equilibradamente administrado, é biblicamente fundamentado e saudável às crianças, que não apenas não lhes deixará traumas, como as fará gratas no futuro;
Que a atual legislação, no Novo Código Civil Brasileiro já proíbe os excessos e abusos na administração da disciplina doméstica e maus tratos às crianças;
Que se aprovado em última instância, o projeto lei 2.654 colocará a legislação em franca oposição à Igreja e seu ensino, expondo seus pastores à ilegalidade por ensinarem a disciplina bíblica;
Que se aprovado, o projeto lei 2.654, terá retirado dos pais o direito natural e necessário de exercerem a sadia disciplina em sua casa, e assim será estimulada a indisciplina e rebeldia infantil, culminando na formação de crianças tiranas e irresponsáveis;
Resolve:


Encaminhar pedido ao Supremo Concílio da IPB, para que em regime de urgência urgentíssima represente ao senado federal a gravidade de tal projeto-lei, a fim de que seja melhor analisado e por fim, rejeitado.

Sala das Sessões,  11 de Fevereiro de 2006".

Agora transcrevo a Resolução do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil de 2006:


  • " SC-IPB-2006 Doc. LXXXVIII – Quanto ao Doc. 259 - Ementa: Manifestação Oficial da IPB quanto ao projeto de Lei 2.654. Considerando: 1) A pertinência da matéria remetida pelo Sínodo Norte Paulistano; 2) A visão bíblica da IPB em relação amor ao próximo, especialmente à criança, que deve receber um tratamento coerente conforme o ensino bíblico, em que o próprio Cristo Jesus nos mostra como tratá-las no evangelho de Mateus cap. 19 vs. 13-15, não se distância dos propósitos suscitados pela nobre Deputada em seu projeto de Lei; 3) Que a IPB tem sua posição contrária a toda forma de violência, tortura e tratamento desumano, pois é o que a Bíblia orienta, assim como a Igreja sempre apregoou e crê; 4) Que as ordenanças divinas, no que diz respeito à instrução paternal, mencionados pelo SPN, evocando passagens das Escrituras Sagradas como: Dt. 8.5; II Sm 7.14; Pv. 3. 11,12; 4. 1-27; 6. 23; 12. 1; 13. 1,18,24; 15. 5,32; 17. 10; 19,18; 22. 6,15; 23. 13-15; 29. 1, 15; Sl. 6. 1; 38.1; Jr. 10. 24; I Tm 3. 4; Hb. 12. 7,10,11; Ap 3. 19 entre outros, vem ao encontro do que verdadeiramente os pais necessitam na educação e desenvolvimento social, emocional e espiritual de seus filhos; 5) Que a exposição da Igreja, dos Pastores e dos pais diante de uma legislação extravagante fere a liberdade de culto e crença, assegurado pela Constituição Federal, rejeitando toda Igreja, particularmente a pessoa do Pastor; 6) Que os rigores da Lei proposta, já são atendidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ratificado pelo Novo Código Civil, atendendo satisfatoriamente o desejo do Estado em proteger a criança e o adolescente do castigo corporal exagerado. 
  • O SC-IPB-2006 RESOLVE: 1) Tomar conhecimento; 2) Encaminhar ao Senado Federal ofício informando do posicionamento contrário da IPB quanto ao projeto de Lei em apreço; 3) Informar as Igrejas do posicionamento adotado por este concílio, recomendando a observância dos preceitos bíblicos e doutrinários da IPB, bem como a legislação em vigor; 4) Incluir o texto da Confissão de Fé que trata do relacionamento da Igreja com o Estado".

Graças a Deus naquela ocasião o projeto não conseguiu avançar, mas, agora é preciso que a sociedade brasileira, e especialmente os cristãos lutem contra mais esta tentativa de ingerência na educação de nossos filhos!

Somos contra a violência, e para coibir e punir a violência doméstica já existe lei!  
Disciplina doméstica não é violência! É um ato amoroso, moderado e responsável!   




Base Bíblica:



DEUS ORDENA A INSTRUÇÃO PATERNAL

Provérbios 4. 1-27

1 Ouvi, filhos, a instrução do pai e estai atentos para conhecerdes o entendimento;
2  porque vos dou boa doutrina; não deixeis o meu ensino.
3  Quando eu era filho em companhia de meu pai, tenro e único diante de minha mãe,
4  então, ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos e vive;
5  adquire a sabedoria, adquire o entendimento e não te esqueças das palavras da minha boca, nem delas te apartes.
6  Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá.
7  O princípio da sabedoria é: Adquire a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o entendimento.
8  Estima-a, e ela te exaltará; se a abraçares, ela te honrará;
9  dará à tua cabeça um diadema de graça e uma coroa de glória te entregará.
10  Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida.
11  No caminho da sabedoria, te ensinei e pelas veredas da retidão te fiz andar.
12  Em andando por elas, não se embaraçarão os teus passos; se correres, não tropeçarás.
13  Retém a instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida.
14 ¶ Não entres na vereda dos perversos, nem sigas pelo caminho dos maus.
15  Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo;
16  pois não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono, se não fizerem tropeçar alguém;
17  porque comem o pão da impiedade e bebem o vinho das violências.
18  Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.
19  O caminho dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em que tropeçam.
20 Filho meu, atenta para as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina os ouvidos.
21  Não os deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-os no mais íntimo do teu coração.
22  Porque são vida para quem os acha e saúde, para o seu corpo.
23  Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.
24  Desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios.
25  Os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti.
26  Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam retos.
27  Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.
Provérbios 22.6   Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.
Provérbios 6:23  Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida;
Provérbios 12:1 Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido.
Provérbios 13:1  O filho sábio ouve a instrução do pai, mas o escarnecedor não atende à repreensão.
Provérbios 13:18 Pobreza e afronta sobrevêm ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado.
Provérbios 15:5 O insensato despreza a instrução de seu pai, mas o que atende à repreensão consegue a prudência.
Provérbios 15:32  O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento.
Provérbios 17:10  Mais fundo entra a repreensão no prudente do que cem açoites no insensato.
Provérbios 29:1  O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado de repente sem que haja cura.
1 Timóteo 3:4  e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito

O CASTIGO CORPORAL MODERADO É ÚTIL E ORDENADO PARA CONTER A CRIANÇA E DIRIGÍ-LA PARA O BEM
Provérbios 13:24  O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina.
Provérbios 19:18  Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo.
Provérbios 22:15  A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela.
Provérbios 23:13  Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá.
Provérbios 23:14  Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno.
Provérbios 29:15  A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe.

A CORRETA DISCIPLINA FAMILIAR COMO FIGURA DO TRATO DE DEUS COM SEUS FILHOS

Deuteronômio 8:5  Sabe, pois, no teu coração, que, como um homem disciplina a seu filho, assim te disciplina o SENHOR, teu Deus.
2 Samuel 7:14  Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; se vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com açoites de filhos de homens.
Provérbios 3:11  Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão.
Provérbios 3:12  Porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem.
Hebreus 12:10  Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.
Hebreus 12:11  Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.

SABER CASTIGAR É PROVA DE AMOR
Provérbios 13:24  O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina.
Hebreus 12:7  É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?
Apocalipse 3:19  Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.

TODAVIA, O CASTIGO DEVE SER ADMINISTRADO COM PACIÊNCIA E SABEDORIA, NUNCA EM MOMENTOS DE EXTREMO FUROR:

Efésios 6:4  E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.
Salmos 6:1  SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.
Salmos 38:1  Não me repreendas, SENHOR, na tua ira, nem me castigues no teu furor.
Jeremias 10:24  Castiga-me, ó SENHOR, mas em justa medida, não na tua ira, para que não me reduzas a nada.
Provérbios 19:18  Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo.


No amor de Cristo,
Pr. Sandro Márcio