Você já sonhou com uma igreja onde não haja problemas?
Uma comunidade onde todos se ajudam e se respeitam, trabalhando conjuntamente em harmonia e amor? Como seria bom ter uma igreja assim, não?
Imagine só, todos chegando no horário certo, todos prestando atenção na lição, todos colocando em prática tudo quanto é ensinado. Pense como seria bom olhar tranqüilamente a face um do outro, sem a menor dúvida de que a alegria estampada no rosto expressa o amor que há no coração. Sim, todos gostaríamos de pertencer a essa igreja ideal, e não precisar conviver dia-a-dia, semana após semana com os desconfortos gerados por uma comunidade de homens e mulheres que, apesar de redimidos por Cristo, ainda manifestam atitudes que os denunciam como pecadores. E a verdade é que muitos seguem de comunidade em comunidade procurando esta igreja ideal, e quando começam a gostar de uma igreja, logo aparecem os defeitos e problemas entre os crentes, que fazem com que aquele irmão entenda que a busca ainda não chegou ao fim, e lá vai ele para outra igreja. Creio que muitos não percebem que só a Palavra de Deus é perfeita e infalível e que a nossa igreja só é imperfeita como é, justamente por ser ela repleta de pessoas defeituosas e pecadoras, como eu, como você. Pois, com certeza, se houvesse uma igreja perfeita nesse mundo, ela deixaria de ser perfeita, assim que nós entrássemos nela, ou não nos deixariam entrar. Não quero com isso defender que devamos continuar errando, pelo contrário, devemos nos esforçar para nos aperfeiçoar cada vez mais, todavia sem esquecermos o amor e o perdão. É preciso entender que, enquanto nós não morrermos ou Cristo não voltar, teremos que conviver não apenas com os erros dos outros, mas, principalmente, com a nossa própria natureza humana pecadora. Cristo não morreu por uma igreja ideal, ele morreu por mim e por você, que apesar de sermos tão imperfeitos, fomos alvo do seu amor maravilhoso. Ele disse: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes, não vim chamar justos e sim pecadores ao arrependimento” (Lc 5. 31, 32).
Que desse mesmo modo Deus nos ensine a amarmos, aceitarmos e perdoarmos uns aos outros!