terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Vamos Chorar?


Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte. II Coríntios 7. 10.
Todos procuramos a felicidade, e esperamos chorar apenas de alegria, nunca de tristeza. Todavia, sabemos que não é possível passar por esta vida sem sofrer e sem chorar. De fato, a tristeza por muitas vezes nos assalta, e há cenas deprimentes como a de Jacó que aos cento e trinta anos respondeu a Faraó: “Poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida” (Gênesis 47.9).  Mas, prestemos atenção que nem toda tristeza deve ser rejeitada como má. Pois, conforme vemos na segunda carta de Paulo aos Coríntios, a tristeza segundo Deus produz arrependimento. Eis aí uma tristeza benéfica, isto é, a tristeza que nos move a detestar o que Deus detesta, e deste modo, detestar o pecado que existe em nós. Esta tristeza, segundo Deus, é salutar pois nos leva ao arrependimento, como Pedro que, após negar a Cristo por três vezes, chorou amargamente (cf. Mateus 26.75). Tão necessária se faz esta tristeza para nos modelar conforme a vontade de Deus! É melhor sentir esta tristeza do que, seguir alegremente no pecado, esperando, sem notar, pelo castigo divino. O sentimento de pesar nos leva ao arrependimento diante de Deus e à alegria do perdão, que nos fortalece na nossa luta contra o mesmo pecado! 
Infelizmente, há ainda um outro tipo de tristeza pelo pecado, mas, que não é segundo Deus, e sim segundo o mundo, este sentimento não conduz ao arrependimento e sim a autodestruição, a esta forma de tristeza chamamos “remorso”. No mesmo momento em que Pedro, chorava arrependido, Judas Iscariotes, movido pelo remorso, foi enforcar-se. A tristeza segundo o mundo só faz afundar o pecador na sua miséria e não buscar o socorro e o perdão divinos. Necessário se faz que os homens não continuem alegres e satisfeitos com seus pecados, e também não sintam aquela tristeza destrutiva que os leva a abandonar toda esperança de vitória sobre o mal, mas, verdadeiramente tristes e chorosos por seus pecados, busquem a Deus em verdadeiro arrependimento, na certeza de uma nova vida em Jesus!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal, Papai Noel!


Querido Papai Noel, calma, não se precipite, essa não é mais uma carta pedindo brinquedos, dinheiro ou cura! Não! Estou lhe escrevendo porque conheço o seu segredo e o seu sofrimento. Quero, sinceramente lhe agradecer, pois embora um senhor gordinho, vestido de vermelho, com cinto, botas e touca, possa não parecer a melhor representação comercial das festas natalinas, muito pior seria se os anunciantes de repente resolvessem usar a figura de Nosso Senhor Jesus Cristo para aumentar suas vendas. Assim, considerando isto, já não te acho tão antipático quanto te via antes.

Quero lhe falar que, enquanto muitos dizem que você não existe, eu bem sei que existe sim, e que é bem humano. Sei que você fica horas sentado no corredor de um shopping lotado, com crianças em seu colo, e que estas, nem sempre bem educadas, não param de lhe puxar a barba. Imagino como você deve ficar incomodado com esta roupa de inverno, com direito a touca, em pleno verão brasileiro. Sei que outras vezes, como bom velhinho, você se torna garoto propaganda de todo o tipo de produtos de consumo, desde refrigerantes até de carro importado! Muitos dizem que papai Noel não vai à favela, e isto eu sei que não é verdade, e que lá você costuma ser bem recebido, apesar de lembrar com tristeza que numa dessas vezes, te vi correndo de uma multidão de crianças e adultos, querendo arrancar à força o que lhes era entregado com tão boa vontade. E pior de tudo é que, tendo participado da alegria natalina de tantas casas, a sua própria família, aguarda a sua volta na esperança de que tenha ganhado o suficiente para poderem também comemorar o Natal.

Contudo, em chegando a noite, diante da mesa e das felicitações, peço que se poste ao lado, e que homenageie o verdadeiro aniversariante! Retire sua touca suada em sinal de reverência e adore ao Filho de Deus que nasceu em Belém.

Pegue uma Bíblia e leia a história do natal, tome um hinário em suas mãos e arrisque um cântico natalino.

Agradeça a Deus pelo emprego provisório, que lhe deu alento financeiro nestes dias, peça-lhe que cuide dos seus amados, onde quer que eles estejam, e que, principalmente lhe perdoe os erros cometidos, lhe dando um sorriso verdadeiro de quem não mais teme o futuro!

Espero que o seu banquinho no corredor daquele centro de vendas não seja tão duro que lhe cause câimbras, e que as crianças não sejam tão mimadas a ponto de lhe trazer constrangimento, mas, sobretudo, que Jesus Cristo seja o Senhor da sua vida, e que você tenha de fato e possa, com propriedade, desejar a todos: UM FELIZ NATAL! 

domingo, 18 de dezembro de 2011

Acerca da Lei Contra a Palmada


Novamente estamos às voltas com este nefando projeto de lei que criminaliza toda forma de castigo corporal, mesmo os leves e moderados aplicado pelos pais aos filhos rebeldes.

Eis a proposta que em 2006 sugeri ao meu presbitério (PRCN), e que, tendo sido aprovada, foi remetida ao Sínodo, e deste ao Supremo Concílio, onde também foi aprovada e se tornou base para uma representação da Igreja Presbiteriana do Brasil ao Senado Brasileiro:

"Acerca do Projeto de Lei 2.654, da deputada federal Maria do Rosário (PT/RS), que proíbe toda forma de castigo corporal a crianças e adolescentes, projeto este que até aqui tem sido aprovado nas instâncias anteriores e segue para votação no senado; o PRCN

Considerando:
A clara posição da Igreja Presbiteriana do Brasil contra toda forma de violência, tortura e tratamento desumano;
Que o claro ensino bíblico de Provérbios 4, 1-27; 22.6; 13:24, 19:18, 22:15, 23:13, 23:14 e 29:15, Efésios 6:4, 1 Timóteo 3:4  entre outros, instrui acerca da responsabilidade paterna de bem educar as crianças, bem como do papel do castigo corporal leve e moderado para o desvio da rebeldia e formação do caráter; 
Que o castigo corporal, da parte dos pais aos filhos, quando oportuno, moderado  e amoroso, tende a coibir as más atitudes e cooperar na formação do bom cristão e a promoção da cidadania;
Que o castigo físico, equilibradamente administrado, é biblicamente fundamentado e saudável às crianças, que não apenas não lhes deixará traumas, como as fará gratas no futuro;
Que a atual legislação, no Novo Código Civil Brasileiro já proíbe os excessos e abusos na administração da disciplina doméstica e maus tratos às crianças;
Que se aprovado em última instância, o projeto lei 2.654 colocará a legislação em franca oposição à Igreja e seu ensino, expondo seus pastores à ilegalidade por ensinarem a disciplina bíblica;
Que se aprovado, o projeto lei 2.654, terá retirado dos pais o direito natural e necessário de exercerem a sadia disciplina em sua casa, e assim será estimulada a indisciplina e rebeldia infantil, culminando na formação de crianças tiranas e irresponsáveis;
Resolve:


Encaminhar pedido ao Supremo Concílio da IPB, para que em regime de urgência urgentíssima represente ao senado federal a gravidade de tal projeto-lei, a fim de que seja melhor analisado e por fim, rejeitado.

Sala das Sessões,  11 de Fevereiro de 2006".

Agora transcrevo a Resolução do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil de 2006:


  • " SC-IPB-2006 Doc. LXXXVIII – Quanto ao Doc. 259 - Ementa: Manifestação Oficial da IPB quanto ao projeto de Lei 2.654. Considerando: 1) A pertinência da matéria remetida pelo Sínodo Norte Paulistano; 2) A visão bíblica da IPB em relação amor ao próximo, especialmente à criança, que deve receber um tratamento coerente conforme o ensino bíblico, em que o próprio Cristo Jesus nos mostra como tratá-las no evangelho de Mateus cap. 19 vs. 13-15, não se distância dos propósitos suscitados pela nobre Deputada em seu projeto de Lei; 3) Que a IPB tem sua posição contrária a toda forma de violência, tortura e tratamento desumano, pois é o que a Bíblia orienta, assim como a Igreja sempre apregoou e crê; 4) Que as ordenanças divinas, no que diz respeito à instrução paternal, mencionados pelo SPN, evocando passagens das Escrituras Sagradas como: Dt. 8.5; II Sm 7.14; Pv. 3. 11,12; 4. 1-27; 6. 23; 12. 1; 13. 1,18,24; 15. 5,32; 17. 10; 19,18; 22. 6,15; 23. 13-15; 29. 1, 15; Sl. 6. 1; 38.1; Jr. 10. 24; I Tm 3. 4; Hb. 12. 7,10,11; Ap 3. 19 entre outros, vem ao encontro do que verdadeiramente os pais necessitam na educação e desenvolvimento social, emocional e espiritual de seus filhos; 5) Que a exposição da Igreja, dos Pastores e dos pais diante de uma legislação extravagante fere a liberdade de culto e crença, assegurado pela Constituição Federal, rejeitando toda Igreja, particularmente a pessoa do Pastor; 6) Que os rigores da Lei proposta, já são atendidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ratificado pelo Novo Código Civil, atendendo satisfatoriamente o desejo do Estado em proteger a criança e o adolescente do castigo corporal exagerado. 
  • O SC-IPB-2006 RESOLVE: 1) Tomar conhecimento; 2) Encaminhar ao Senado Federal ofício informando do posicionamento contrário da IPB quanto ao projeto de Lei em apreço; 3) Informar as Igrejas do posicionamento adotado por este concílio, recomendando a observância dos preceitos bíblicos e doutrinários da IPB, bem como a legislação em vigor; 4) Incluir o texto da Confissão de Fé que trata do relacionamento da Igreja com o Estado".

Graças a Deus naquela ocasião o projeto não conseguiu avançar, mas, agora é preciso que a sociedade brasileira, e especialmente os cristãos lutem contra mais esta tentativa de ingerência na educação de nossos filhos!

Somos contra a violência, e para coibir e punir a violência doméstica já existe lei!  
Disciplina doméstica não é violência! É um ato amoroso, moderado e responsável!   




Base Bíblica:



DEUS ORDENA A INSTRUÇÃO PATERNAL

Provérbios 4. 1-27

1 Ouvi, filhos, a instrução do pai e estai atentos para conhecerdes o entendimento;
2  porque vos dou boa doutrina; não deixeis o meu ensino.
3  Quando eu era filho em companhia de meu pai, tenro e único diante de minha mãe,
4  então, ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos e vive;
5  adquire a sabedoria, adquire o entendimento e não te esqueças das palavras da minha boca, nem delas te apartes.
6  Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá.
7  O princípio da sabedoria é: Adquire a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o entendimento.
8  Estima-a, e ela te exaltará; se a abraçares, ela te honrará;
9  dará à tua cabeça um diadema de graça e uma coroa de glória te entregará.
10  Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida.
11  No caminho da sabedoria, te ensinei e pelas veredas da retidão te fiz andar.
12  Em andando por elas, não se embaraçarão os teus passos; se correres, não tropeçarás.
13  Retém a instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida.
14 ¶ Não entres na vereda dos perversos, nem sigas pelo caminho dos maus.
15  Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo;
16  pois não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono, se não fizerem tropeçar alguém;
17  porque comem o pão da impiedade e bebem o vinho das violências.
18  Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.
19  O caminho dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em que tropeçam.
20 Filho meu, atenta para as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina os ouvidos.
21  Não os deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-os no mais íntimo do teu coração.
22  Porque são vida para quem os acha e saúde, para o seu corpo.
23  Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.
24  Desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios.
25  Os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti.
26  Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam retos.
27  Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.
Provérbios 22.6   Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.
Provérbios 6:23  Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida;
Provérbios 12:1 Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido.
Provérbios 13:1  O filho sábio ouve a instrução do pai, mas o escarnecedor não atende à repreensão.
Provérbios 13:18 Pobreza e afronta sobrevêm ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado.
Provérbios 15:5 O insensato despreza a instrução de seu pai, mas o que atende à repreensão consegue a prudência.
Provérbios 15:32  O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento.
Provérbios 17:10  Mais fundo entra a repreensão no prudente do que cem açoites no insensato.
Provérbios 29:1  O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado de repente sem que haja cura.
1 Timóteo 3:4  e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito

O CASTIGO CORPORAL MODERADO É ÚTIL E ORDENADO PARA CONTER A CRIANÇA E DIRIGÍ-LA PARA O BEM
Provérbios 13:24  O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina.
Provérbios 19:18  Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo.
Provérbios 22:15  A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela.
Provérbios 23:13  Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá.
Provérbios 23:14  Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno.
Provérbios 29:15  A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe.

A CORRETA DISCIPLINA FAMILIAR COMO FIGURA DO TRATO DE DEUS COM SEUS FILHOS

Deuteronômio 8:5  Sabe, pois, no teu coração, que, como um homem disciplina a seu filho, assim te disciplina o SENHOR, teu Deus.
2 Samuel 7:14  Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; se vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com açoites de filhos de homens.
Provérbios 3:11  Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão.
Provérbios 3:12  Porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem.
Hebreus 12:10  Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.
Hebreus 12:11  Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.

SABER CASTIGAR É PROVA DE AMOR
Provérbios 13:24  O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina.
Hebreus 12:7  É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?
Apocalipse 3:19  Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.

TODAVIA, O CASTIGO DEVE SER ADMINISTRADO COM PACIÊNCIA E SABEDORIA, NUNCA EM MOMENTOS DE EXTREMO FUROR:

Efésios 6:4  E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.
Salmos 6:1  SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.
Salmos 38:1  Não me repreendas, SENHOR, na tua ira, nem me castigues no teu furor.
Jeremias 10:24  Castiga-me, ó SENHOR, mas em justa medida, não na tua ira, para que não me reduzas a nada.
Provérbios 19:18  Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo.


No amor de Cristo,
Pr. Sandro Márcio

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

ADULTOS PREOCUPADOS, CRIANÇAS FELIZES

Melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos. Lucas 17.2

O que poderia ser pior do que ser jogado ao mar com uma enorme pedra amarrada ao pescoço? É comparecer na presença de Deus como alguém que desviou uma criança do caminho da verdade! 
O nosso Senhor tem especial carinho para com os pequeninos, e nos manda que os tratemos com igual respeito e amor, e para mostrar como isto é sério, Ele ameaça com duras penas aos que se recusam a Lhe obedecer.
Mas, de que forma seria possível fazer os pequeninos tropeçarem?
- Deixando de lhes ensinar a Palavra de Deus;
- Não lhes dando exemplo de vida cristã e amor a Deus e ao próximo; 
- Não lhes animando a amar a Deus e freqüentar a Igreja;
- Afastando-os de Deus, deixando-os, ou levando-os a praticar pequenos erros, que pensamos não terem importância;
- Não lhes corrigindo com firmeza e a amor
- Esquecendo-nos de que, não foi primeiramente à igreja, nem à escola que Deus confiou a educação e a formação do caráter da criança, mas a nós pais e responsáveis.


Hoje comemoramos o Dia das Crianças, e é de se esperar que tenhamos crianças felizes e bem orientadas em nossas igrejas e lares. É melhor que nos dediquemos a elas pelo amor que lhes temos; todavia se algum dia este amor não nos parecer suficiente, lembremo-nos das duras palavras do nosso Senhor! 

Lembra-se desta foto, querido irmão?

Foi no dia 07 de setembro de 1979, alguns meses antes de nossa mãe partir. Ali estamos, ela de camisa vermelha, o nosso irmão caçula, o Sílvio, em cima do murinho, do lado da nossa priminha Guin (Elaine), depois eu, de verde e amarelo, a tia Nice, você, já quase completando quinze anos, a nossa irmã Sandra de jeans e camisa amarrada na cintura (veja que ela já era fotogênica!), a tia Débora ao seu lado e a Sueli, uma amiguinha nossa.
Este é o meu presente pra você irmãozão!
   
FELIZ ANIVERSÁRIO, 
CÁSSIO  IRONALDO MORAES!!!

Que Deus continue a derramar as suas ricas bênçãos sobre você e sua família!  
Com carinho,

De seu irmão, Sandro.

sábado, 8 de outubro de 2011

Internado!


Todos já se foram; a hora de visitas acabou.
Cubro o rosto, fecho os olhos,
E como se pudesse acompanhar meus parentes queridos
Imagino o trajeto que farão na volta pra nossa casa.

Por que preciso ficar aqui preso?
Não participei do julgamento, apenas ouvi o veredicto: Internado!
Aqui estou, internado, introvertido, interrompido!

Minhas dores e minhas lágrimas se confluem,
Meu sonho e minha realidade se confundem                                                   
Sempre pensei que eu tivesse fé, mas agora, até duvido...
A lembrança de erros antigos me contraria

Na solidão da noite o silêncio é quebrado pelo gemido ao lado
Ou será o meu próprio lamento ecoando?
Alguém me disse que Jesus chamava a todos:
- Vinde a mim!
Quando eu podia ir, não quis e não fui.
Mas agora neste quarto de hospital, sem poder sair eu oro:
Jesus, venha até mim! Me faça companhia, estou tão só!
Por favor, por um momento, se esqueça do quanto eu errei!

Então penso em sua cruz, em seu amor por mim
E grito num sussurro: O Senhor está aqui!
Reconheço meu passado, e nEle creio que fui perdoado,
E que nunca, nunca mais estarei sozinho
E nesta noite, encerrado num quarto de hospital,
Tenho a certeza de que vou viver!
Haja o que houver, aconteça o que acontecer,
Viverei para sempre contigo, Jesus!

sábado, 1 de outubro de 2011

COMO DE COSTUME...


Como de costume, entrou solenemente, sentou-se respeitosamente e discretamente acenou aos presentes. O culto estava por começar. De seu lugar preferido viu o pastor tomar o púlpito, saudar a igreja e anunciar um hino. Como de costume foi se ausentando, mesmo sem deixar seu posto, foi se embalando no cântico proposto, o litúrgico mandara levantarem-se, mas ele não estava disposto. Durante a oração que se seguiu, pensou na sua vida, “que é luta renhida” e que precisava descansar, mas foi surpreendido por um público AMÉM, quando já ia bocejar. O pregador inicia o sermão, e discorre sobre a Terra o Céu e o Inferno, mas só recebeu sua atenção quando mencionou o Repouso Eterno. E à medida que o mensageiro falava, sua voz, mais e mais, se distanciava, sua imagem se distorcia, parecia que flutuava, e como de costume, o crente adormecia e ressonava...
Mas, depressa se levantou ao ouvir um instrumento que jamais ouvira no culto até aquele momento. Era a Última Trombeta Angelical anunciando a Volta de Jesus Cristo convocando o Universo para o Juízo Final, e o crente aterrorizado, com um salto, emite um brado de arrependimento por seu erro fatal. A igreja reunida questiona perplexa a cena assistida: o dorminhoco aos prantos clamando pela própria vida. E finalmente ele percebe, que na verdade o que sucede é que tudo não passou de um sonho, o culto acaba e a igreja se despede. E o crente vai embora envergonhado, recordando-se do medo e do tumulto, entende o quanto estava errado e decide nunca mais dormir num culto.       

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

NÃO USE A BÍBLIA PARA O MAL


A carne é fraca! (Mt 26.41)
Não julgueis para que não sejais julgados! (Mt 7. 1)
Primeiro retire a trave do teu olho... (Mt 7.5)
Atire a primeira pedra quem nunca pecou! (Jo 8)
Olhai com simpatia os erros de um irmão... Hinário Presbiteriano nº180
São frases tiradas da Bíblia ou de nosso hinário,  como o último (ou o primeiro) recurso daqueles que erram e não querem ser incomodados.
É muito bom e recomendável lermos e citarmos a Palavra de Deus pois ela é remédio e alimento para nossa vida!
Mas, de repente a situação se inverte e todo o esforço para se manter a pureza da igreja é entendido como farisaísmo e hipocrisia.
É como se fosse errado condenar o erro, e prova de amor aceitar os desvios de cada um como mera expressão de individualidade.
Deste modo, a Bíblia passa a ser usada como justificativa para o pecado!
Precisamos ter cuidado, pois até o diabo usou a Palavra de Deus, quando quis tentar a Jesus.
Convém analisar os textos  e seus contextos para lhes fazer justiça!
Rapidamente farei algumas considerações que julgo necessárias, mas recomendo que o leitor continue estudando e busque mais conhecimento acerca dessas passagens:


- Quando Jesus disse “A carne é fraca” falava tão somente que os corpos dos discípulos, de tão cansados, já não podiam se manter despertos e orar, embora seus espíritos muito desejassem orar com o Senhor.
- Não julguem para não serem julgados, com certeza não proíbe toda a forma de julgamento, pois na Bíblia temos diversas ordens para que saibamos distinguir o mal do bem, mas aqui é um aviso de que o julgamento tem duas vias, como a continuação do texto nos diz, o problema não é o julgar, mas o modo como julgamos; devemos pensar se é assim que gostaríamos de sermos julgados.
- Quanto a tirar a trave do próprio olho primeiro, antes de tentar retirar o argueiro do olho do irmão, não é uma exortação para que deixemos todo mundo com seus ciscos nos olhos, seus defeitos e seus pecados, mas sim de ter cautela de sempre primeiro examinar a própria vida.
- O outro versículo “quem estiver sem pecado seja o primeiro a atirar a pedra” não impede que se critique alguém, mas nos alerta contra a hipocrisia e a crueldade. Lembremos que a pedra em questão não era apenas uma crítica à mulher e suas atitudes, e sim um linchamento, uma condenação sumária, sem a menor possibilidade de defesa e de um julgamento justo.   
- E o lindo cântico, que não possui a mesma autoridade bíblica, recomenda:  “Olhai com simpatia os erros de um irmão”, como o próprio título já diz é um estímulo ao amor fraternal, buscando nos ensinar a sermos mansos e misericordiosos com os que erram, procurando nos colocar no lugar daquele que errou, e não fazer “vistas grossas” ou cumplicidade com o mal.
É sempre bom tomarmos cuidado, para só usarmos a Palavra de Deus segundo a vontade de Deus, defendendo aquilo que nosso Senhor se agrada e, com amor, humildade e sabedoria, combatermos toda forma de pecado!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Eu e a Morte


Não vejo  a morte como um pesadelo,
Tão pouco como um sonho vou vislumbrá-la.
Miro-a como uma porta velha e ruidosa
Que sela a entrada da casa paterna.
Mas não me dedico a contemplar a feiura da porta,
Nem me detenho a fitar as ferrugens de seu ferrolho.
Perco-me a perscrutar que ela esconde um lindo cenário
E diviso entre seus vãos os lampejos da vida eterna.

Cabe aqui um agradecimento pela estalagem e a boa acolhida,
Que me sustenta enquanto prossigo em direção à morada querida.
Pois se dizem que vivo bem do que aqui desfruto,
Ainda mais ansioso aguardo a verdadeira vida!

Sei que há amor nestas paragens, e que há ternura em meu labutar,
Mas em tudo vejo mera amostragem do prazer que terei lá!
Não que eu desdenhe o que é presente,
Suas flores e cores, seus aromas e seus amores.
Todavia, se o pálido sol dos dias nublados, já me anima ao canto,
Ó quão grato cantarei diante do Sol da justiça  e da Paz que quero tanto?

Morte, o aguilhão perdeste, desde que meu Senhor de ti saiu redivivo,
Já não me assusta sua figura imponente, nem ainda o seu hálito opressivo
Porque aquele que te fez impotente é o meu Deus a quem eu sirvo,
E Ele mesmo é quem me garante que mesmo que eu morra,
Eternamente com Ele, estarei VIVO!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O que significa o nome da Igreja Presbiteriana?

O nome “Presbiteriana” vem do termo grego “presbiterós” que significa “ancião, idoso”. Pois esta denominação evangélica é liderada por um conselho de homens experientes, geralmente  (mas, não obrigatoriamente) idosos,  eleitos pelos próprios membros da igreja, que, juntamente com o pastor, zelam pelo bem da comunidade, sempre em submissão à Palavra de Deus (Bíblia). Tais homens são chamados presbíteros regentes, porque regem a Igreja. Todavia, o poder deles é limitado pelos crentes professos, que podem não reelegê-los, ou mesmo, em casos extremos, exonerá-los. Todos os anos a igreja, em data apropriada, ouve os relatórios da receita e dos gastos realizados, para expressar a lisura e a honestidade destes homens de Deus. Também o pastor da igreja é um presbítero, mas não regente e sim docente (professor), funcionando no conselho apenas como um moderador, pois cabe a ele, primeiramente, ensinar a igreja e os demais presbíteros quanto ao modo de obedecerem à Bíblia em seu viver diário. Assim, a Igreja Presbiteriana segue o padrão bíblico de
Tito 1. 5-9
5  Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi:
6 alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados.
7  Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância;
8  antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si,
9  apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem.

 I Timóteo 5. 17-22
17 Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino.
18  Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário.
19  Não aceites denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas.
20  Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam.
21  Conjuro-te, perante Deus, e Cristo Jesus, e os anjos eleitos, que guardes estes conselhos, sem prevenção, nada fazendo com parcialidade.
22  A ninguém imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem. Conserva-te a ti mesmo puro.

 I Pedro 5.1-4
1 Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada:
2  pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade;
3  nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho.
4  Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.

 e Hebreus 13. 17.      
17  Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.

Por que Somos Presbiterianos?


Somos presbiterianos porque cremos que a doutrina desta igreja é a que, sob a iluminação do Espírito Santo, mais se identifica com o estudo fiel e dedicado da Palavra de Deus. Contudo, isto não quer dizer que só a nossa igreja está salva, ou que já alcançamos a perfeição. De forma alguma! Respeitamos e devemos respeitar e aceitar o batismo das demais igrejas evangélicas que são comprometidas com o evangelho da Graça de Cristo, tanto que não re-batizamos os irmãos vindos destas comunidades. Somos presbiterianos, também, porque honramos e relembramos a história de pastores e crentes do passado que nos entregaram uma Confissão de Fé, uma Constituição, um Código de Disciplinas e Princípios de Liturgia fiéis à Bíblia Sagrada, que, embora não sejam infalíveis como a Bíblia, têm nos dado forte auxílio, pois, cientes dos erros do passado,  nos apontam  as armadilhas que outros já caíram, de maneira que possamos evitá-las. Nós presbiterianos somos apenas uma pequena parte do corpo vivo de Cristo aqui na terra, sabemos que no céu não haverá mais necessidade desta divisão, mas até que deixemos este mundo devemos nos esforçar para aqui servirmos da melhor maneira ao nosso Senhor.

sábado, 3 de setembro de 2011

APENAS UMA CARICATURA

Sou uma caricatura daquilo que eu quero ser
Apenas uma caricatura, uma figura, com alguma semelhança
Não quero com isto, que pensem que perdi a esperança
Dentro em mim há alegria de um lindo ideal
Reconheço que sou aprendiz
O que desejo só verei no final!


Mas, a caricatura tem seu valor
Através dela vemos a beleza mesmo disforme
Revela aqui um pouco do meu amanhã
Conforta ver o que foi alcançado
Indica o que precisa ainda ser reformado
Orienta ao certo no traço exagerado

Devo apreciar o que Deus já fez em mim
E diante da minha imperfeição, saber de Seu amor mesmo assim!


Apenas uma caricatura é o que você vê em mim
Lamento, não sou o homem, marido, amigo ou o pai que gostaria de ser
Mas levo sinceridade, amor e alegria a quem se arrisca a me conhecer
Em tudo o mais ainda disto do ideal que persigo
Impossível é apagar o que Deus já fez em mim
Diariamente vejo a graça de Cristo
Assegurando-me que melhor serei ao Fim!


sábado, 13 de agosto de 2011

Então fica combinado assim...

Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor. Cantares 2.15

"Então fica combinado assim: eu não condeno o seu pecado; e você não repara no meu!"

Vocês já imaginaram semelhante diálogo ocorrendo dentro da igreja? Felizmente, penso que a ousadia dos crentes não chegou a tanto. Porém, na prática, lamento dizer, em muitos casos, é isto o que está acontecendo! Sim, um acordo silencioso, uma cúmplice tolerância, uma silente aceitação do pecado na vida dos cristãos.

Afinal, quem haveria de chamar a atenção aos pequenos desvios de conduta de uma crente admirável, um diácono dedicado, um presbítero honrado ou um pastor muito amado? Quem seria capaz de sincera e humildemente lembrá-los que são imperfeitos como os demais, apontando-lhes suas falhas?

Vejam bem, a primeira preocupação aqui não é de falar sobre os grandes desvios, aqueles que exigem investigação e severa disciplina eclesiástica, mas sim falar daqueles maus comportamentos, que como raposas, como raposinhas, vão sorrateiramente minando, não apenas os vinhedos apaixonados do livro de  Cantares, como também as amizades e as famílias, chegando ao ponto de contaminar igrejas inteiras!

São brincadeiras inocentes que aqui e ali, fazem suas vítimas; pequenos boatos tomados como verdade sem que haja defesa alguma; são "mentirinhas convenientes", além de palavrinhas grosseiras que jamais se contradizem, nem dão mostras de arrependimento, e lágrimas que rolam sem que haja consolo. São divertidas piadas ou esnobe erudição, tomando o lugar da mensagem bíblica transformadora; é a ganância materialista, fazendo-se passar por merecido galardão; é o ativismo social disfarçando o desamor; são palavras de otimismo e auto-promoção ao invés de obediência e auto-negação,  e até mesmo alegres louvores, impropriamente, substituindo o arrependimento e a contrição!

E aí, quando olhamos ao redor, já não entendemos o que foi que mudou; já não sabemos como nos distanciamos tanto do ideal cristão. Alguém apressadamente diria, vou mudar de igreja, aqui já não existe amor! E há os que assim procedem, crentes de que os erros são alheios, entretanto, ao saírem, levam também consigo suas próprias raposinhas.

Mas, alguém pode citar as palavras de Jesus em Lucas 6:37 e  41:
Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados;
Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?


Todavia, Jesus não estava condenando toda a forma de julgamento, e sim impondo o princípio de não fazer aos outros o que não queremos que nos façam e antes de acusar a outrem, verificar as próprias atitudes, dando sempre condições de perdão ao arrependido!
  
Deste modo, não estou propondo uma “caça às bruxas”, uma “inquisição sem fogueiras”, ou a re-impressão da “letra escarlate”, de modo algum, nenhum julgamento irresponsável ou desumano!

Estas linhas tampouco visam uma cruzada mundial contra o pecado (o que pode ser também bastante oportuno), mas, sim a limpeza da nossa própria vida, casa e igreja, numa sincera busca de olhar para si mesmo, corrigir-se, e só então chamar pelo outro alertando-o. 

Sei bem os riscos que corre aquele que acorda e vê o perigo, tendo que interromper os sonhos felizes dos incautos, que detestarão ter de despertar. Mas se não fizermos nada para eliminar as malditas raposinhas, isto é, os pequenos vícios de comportamento do povo de Deus, tenhamos certeza de que, cedo ou tarde, Deus o fará! E então o sofrimento do castigo divino sobre a igreja rebelde será muito maior do que aquele que pensamos evitar quando nos calamos!

Peço ao Senhor que esta mensagem, seja como uma trombeta ressoante, e que chegue a tempo aos ouvidos dormentes de muitos irmãos!

Com sinceros e ternos afetos de misericórdia em Cristo,

Pr. Sandro Márcio

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Amarás ao teu próximo, amarás até ao teu inimigo!

Esta é a palavra de Jesus aos seus discípulos. Todavia, nem sempre é isto o que temos feito!
Temos muita dificuldade de amar aqueles que se nos opõem de algum modo. É claro que eu não estou defendendo que abramos mão de nossas atuais convicções; pois só temos que fazê-lo quando formos convencidos biblicamente da opinião contrária. O que falo aqui é acerca da frieza e grosseria que tão comumente se estabelece nos relacionamentos inter-pessoais, mesmo dentro das igrejas.
Do nosso lado, como parte da membresia da igreja, temos o dever de obedecer a liderança eclesiástica, enquanto e naquilo que esses irmãos estiverem de acordo com a Bíblia Sagrada, nossa única regra de fé e prática, reconhecendo que cabe aos líderes a obrigação de pastorear, ordenar, corrigir e disciplinar os membros; mas mesmo quando tivermos dúvidas quanto à fidelidade destes irmãos, precisamos nos dirigir a eles com sinceridade, humildade e amor, pois de outro modo o conflito vai se estabelecer antes mesmo que possam ter oportunidade de ouvir nossos argumentos ou nós de ouvirmos os deles. Por outro lado, a liderança, por se tratar de homens mais maduros, experimentados e conscientes das próprias limitações, deve ter paciência e ouvidos atentos aos lamentos e críticas do rebanho. Carecemos todos de sabedoria, humildade e amor, e na falta deles a troca de ofensas e o afastamento da igreja se tornam opções tentadoras.
Por outro lado, temos também dificuldades de relacionamento com as demais denominações. É certo que se pensássemos uniformemente quanto à doutrina, estaríamos na mesma denominação, ou se fôssemos viver e cultuar juntos com tantas discordâncias acabaríamos nos perdendo em discussões sem fim, daí o benefício das tantas igrejas evangélicas espalhadas pelo Brasil afora, de modo a que o cristão possa escolher aquela que mais o convencer do agrado de Deus. Todavia, não nos enganemos: a Igreja de Jesus Cristo é a união de todos os verdadeiros adoradores, salvos pelo sangue do cordeiro, e não pode ser circunscrita a uma única denominação,  nem tampouco se resume à comunidade que expresse melhor entendimento doutrinário. Deus tem os seus escolhidos em toda a parte, homens, mulheres e crianças que confessam a Jesus Cristo como seu Único e Suficiente Salvador!
É preciso que calvinistas saibam amar e respeitar os arminianos e que arminianos tenham igual consideração para com seus irmãos calvinistas, que pentecostais e tradicionais saibam reconhecer a ação de Deus na igreja de um e do outro. E ainda que saibamos e devamos lutar contra os erros de um determinado grupo evangélico que sorrateiramente tentam invadir nossas igrejas, tenhamos cuidado de não supor que nada lá seja bom e que todos estejam conscientes ou em concordância com as heresias. Não sejamos apressados em duvidar da fé verdadeira que Deus colocou no coração dos nossos irmãos. Auxiliemos a liderança de nossa igreja para que a necessária disciplina eclesiástica seja mais eficaz e menos traumática, orando por aquele que ainda não se arrependeu e recebendo com amor o irmão arrependido. Deixemos para os anjos de Deus no Juízo Final, a tarefa de separar o joio do trigo! Não somos capazes de julgar quem seja ou não um eleito do Senhor!
Deste modo, convém que saibamos tratar de nossas diferenças, mas sem causar escândalos, sendo firmes contra os desvios e ainda assim ternos uns com os outros, deixando sempre a possibilidade do outro mudar ou não de opinião, na certeza de que mesmo se ele estiver errado está diante de um amigo de verdade, e caso percebamos que nós é que estávamos equivocados, não sejamos impedidos de reconhecer nosso erro pela enorme vergonha das grosserias que dissemos.  Não falo como alguém isento desse erro, e sim como aquele que sabe as conseqüências de por vezes tê-lo cometido!
Como disse, é importante que não nos deixemos levar por qualquer palavra ou doutrina! Entretanto, se não soubermos discordar com amor, não saberemos amar de modo algum! 

sábado, 23 de julho de 2011

Já Faz Um Ano!!!

Parece que foi ontem, mas já faz um ano que eu saí do hospital curado de um infarto agudo do miocárdio! O Pai do céu atendeu às orações dos irmãos e, apesar da admiração e dos olhares desconcertados dos médicos que me atenderam, lá estava eu, sem uma única cicatriz tanto no peito como no coração!
Chegando em casa, comentei com a minha esposa Elenice do meu desejo de escrever, e de, algum modo ajudar os irmãos em suas dúvidas acerca da Bíblia e da vida cristã, foi ela quem deu a idéia de criar os Blogs. O “responda pastor”, para as perguntas dos internautas e o “prsandromarcio” para postar mensagens avulsas.
Hoje, louvo a Deus por este trabalho e pelas pessoas que tem sido abençoadas por ele, com a certeza de que só pela graça chegamos até aqui, pois eu nem sequer estaria vivo para fazê-lo!
Alegrem-se comigo, pois quis Deus ser servido também deste modo!
Que Deus nos abençoe e que, conforme Sua vontade, mais pessoas possam fazer bom uso destes blogs!
Sou grato a todos os que oram, acompanham, que me apóiam e me suportam em minhas limitações!
Pr. Sandro Márcio de Almeida

terça-feira, 5 de julho de 2011

RESPONDA, AMIGO!

Aonde foram parar os amigos? Não digo os colegas e conhecidos, falo sobre amizade, a verdadeira amizade. Onde estão aqueles que dizem que vão orar por nós, e oram mesmo, falam que vão nos visitar, e visitam mesmo, afirmam que vão nos ligar e ligam mesmo?

Na igreja, quantas vezes voltamos nosso olhar para o último irmão que deixa o templo, ou reparamos naquele que sai apressado antes de todos?

O que sabemos sobre os demais irmãos da nossa comunidade evangélica? Os doentes são somente aqueles descritos no boletim? Sabemos se todos almoçam ou jantam fartamente em seus lares, ou acaso alguém tem falta de uma mistura, ou mesmo um simples prato para compartilhar com seus filhos? Nos informamos acerca dos que faltaram? Temos certeza de que todos os que vieram voltarão tranqüilos para suas casa, ou será que quando estivermos já ha bastante tempo em nossos lares, aquele irmão ainda estará esperando o ônibus no ponto próximo à igreja? Quando um irmão passa por problemas, sofremos como se fosse conosco, ou nos aliviamos por não ter nada a ver com isso? Quando nós mesmos somos grosseiros, arrependidos buscamos o perdão do próximo? Quando nossos filhos são rudes com outras pessoas, nós os repreendemos?

Este pequeno questionário nos dá uma idéia acerca de como vai a união dos irmãos em Cristo. Infelizmente, nesses tempos, todos estamos muito ocupados, sem tempo para cultivar boas amizades, e do mesmo modo como esquecemos, somos esquecidos, desprezamos, somos desprezados, nos afastamos dos irmãos e nos sentimos sozinhos.

Contudo, isto não precisa continuar assim! Para que as coisas sejam diferentes precisamos reconhecer nossa contribuição e com a graça de Cristo, demonstrar nossa fé e nosso amor aos irmãos com reais atitudes de amparo e auxílio.

Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.
Tiago 2. 14-17

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A Morte da Amizade

Vivemos tempos difíceis, num momento em que tudo é questionado, e a nada mais se considera digno de crédito ou confiança. Foi a isto que levou a crescente falta de moral em nossa sociedade!

Hoje em dia, um homem ceder o lugar a uma jovem no ônibus, certamente será visto por muitos, e talvez também por ela, como inconveniente paquera; um adulto fazer carinho em uma criança já levanta olhares acusadores de pedofilia; um mero cumprimento, na tentativa de preencher o tempo na fila do banco, é tido como prenúncio de algum golpe; e por aí vai. É, infelizmente esse é o preço que pagamos por tanta maldade e falta de compromisso do mundo com o seu Criador, e quem ingenuamente tenta desconsiderar a perversidade humana, lamentavelmente, acaba aprendendo à duras penas.

E nesta avalanche de temor e desconfianças mais uma grande perda se avizinha, a morte da amizade!

Falo acerca da intensa propaganda pró-homossexualismo que tem varrido os meios de comunicação e invadido importantes avenidas mundiais.

A ousadia de alguns proponentes desta ideologia já ficou bem demonstrada a medida que fitando a história passada buscaram indícios ou “provas” de homossexualismo na vida de grandes vultos, como Napoleão Bonaparte, o cangaceiro Lampião e até mesmo Zumbi dos Palmares. Contudo, na ânsia de engrossar suas fileiras essa propaganda, eivada de preconceitos e malícia, não tem tido sequer respeito pela religião, chegando a fazer pesadas insinuações sobre a amizade de personagens bíblicos como Davi e Jônatas, Rute e Noemi e até mesmo Cristo e os apóstolos.

Lembremos o que o próprio Jesus falou acerca do plano de Deus sobre o casamento e o envolvimento sexual:

Mateus 19:

4 Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher

5 e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?

6 De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.



Mas, o que isto tem a ver com a “morte da amizade”?

Tem tudo a ver, pois a corrente homossexual que cada vez mais se agiganta tem conquistado muitos adeptos colhidos pela falsa noção de que a forte amizade entre duas pessoas do mesmo sexo é na verdade a expressão da homossexualidade reprimida, que deve de uma vez por todas “sair do armário”. É algo que acontece com tal facilidade, a ponto de involuntariamente nos vermos comentando tais suspeitas. E não percebemos que com isso, olhares maldosos são lançados sobre todo e qualquer relacionamento que indique uma dose maior de companheirismo, chegando até mesmo a convencer os envolvidos de sua pretensa homossexualidade, confundindo a juventude e ferindo mortalmente importantes laços de amizade.

Talvez pareça prematuro falar deste modo, pois muita amizade verdadeira ainda não foi corrompida por este engano, mas creio que por isto mesmo se deve tocar neste assunto, pois ainda dá tempo de tomar atitudes corretivas.

É preciso que se diga abertamente que ainda existe amor fraterno; que admirar alguém do mesmo sexo e desejar sua companhia nada tem a ver com o pecado do homossexualismo; que o homem aprende a ser homem no convívio com outros homens e a mulher na convivência com outras mulheres. É nestes relacionamentos que desenvolvemos nossa personalidade, é nestes laços que formamos nossa própria identidade; é no contato com o outro que crescemos e nos fortalecemos. Não deixemos que corrompam as amizades que são importantes instrumentos de Deus para o nosso bem!

É urgente que resgatemos o valor da pura amizade, como já dizia o sábio Salomão:

Provérbios 15:30 O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos.

Provérbios 18:24 O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado do que um irmão.

Provérbios 27:9 Como o óleo e o perfume alegram o coração, assim, o amigo encontra doçura no conselho cordial.

Provérbios 27:17 Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo.

E especialmente:
Provérbios 17:17 Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão.

sábado, 11 de junho de 2011

Diga-me com quem tu andas...

É inegável o valor da sabedoria popular, e muitas vezes constatamos que vale a pena prestar-lhe atenção. Mas, diferentemente do que dizem, a voz do povo NÃO é a voz de Deus! Mesmo que reconheçamos alguns acertos, é importante que apontemos as discrepâncias.

Pois bem, vamos ao ditado inicial: “Diga-me com quem tu andas e eu lhe direi quem és!”

Muitos há que dirão sem pestanejar que quem anda em má companhia, só pode ser mau. Mas, o que dizer de nosso Senhor, famoso por ser amigo de publicanos e pecadores?1
Como poderemos atender à Sua ordem de ir às ovelhas perdidas de Israel? É preciso que estejamos dispostos a deixar a nossa situação confortável de apenas convidar e aguardar que as pessoas entrem na igreja, e de fato nos envolvermos com aqueles que queremos evangelizar. Distribuir folhetos e pregar em praça pública tem surtido bons efeitos, contudo, permite que façamos o trabalho e voltemos para o nosso conforto, sem nos envolvermos de verdade com as pessoas.

Não se trata aqui, de modo algum, de praticarmos as obras pecaminosas, nem de mostrarmos qualquer concordância com o mal, e sim de nos colocarmos em condições de dialogar, ajudar e de forma geral, estarmos acessíveis às pessoas a nossa volta.

Entretanto alguém dirá: O Salmo 1º não proíbe andar na companhia dos maus? 2

Ele proíbe andar segundo o conselho, se deter em seu caminho (modo de vida) e participar de suas zombarias. Por acaso o Senhor Jesus desobedeceu o que preceitua o salmo?

Mas ainda assim alguém pode insistir: Mas, nós não devemos evitar a aparência do mal? Este versículo diversas vezes tem sido usado de forma imprópria; não devemos evitar o que apenas parece ser mal, lembremo-nos que o homem erra porque julga segundo as aparências 3 e a Bíblia não nos ensina a proceder assim, pelo contrário, o que o versículo citado nos manda é que evitemos o mal real, qual seja a forma em que ele apareça! 4

Mas e o que a Bíblia fala sobre não haver comunhão entre luz e trevas? 5 A Bíblia proíbe o casamento misto, por selar um íntimo compromisso de mútua dependência, dependência que pode levar à cumplicidade 6; por isso, precisamos tomar cuidado para que nossa dependência seja completamente firmada em Deus e na Sua Palavra, de sorte que sejamos uma boa influência para os nossos amigos, sem permitir que eles nos influenciem para o mal, porque se assim for, então convém nos afastar, salientando que Cristo recebe aqueles que se arrependem 7.

Sendo assim, termino citando outro ditado popular: “cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém”, daí a necessidade constante de cuidado e sensatez, mas atenção que o excesso de cuidado não te impeça de olhar com amor e compaixão para aqueles que erram e necessitam do Evangelho do Perdão de Deus em Cristo. 8


NOTAS

1
Mateus 9:10 E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos.
Mateus 9:11 Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?
Mateus 11:19 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificada por suas obras.
Marcos 2:15 Achando-se Jesus à mesa na casa de Levi, estavam juntamente com ele e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque estes eram em grande número e também o seguiam.
Marcos 2:16 Os escribas dos fariseus, vendo-o comer em companhia dos pecadores e publicanos, perguntavam aos discípulos dele: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores?
Lucas 5:30 Os fariseus e seus escribas murmuravam contra os discípulos de Jesus, perguntando: Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores?
Lucas 7:34 Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!
Lucas 15:1 Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
2
Salmo 1.1 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.

3
1 Samuel 16:7c O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.
João 7.24 Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça.
Colossenses 2:23 Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade.

4
Daí a correta tradução da Bíblia Sagrada Versão de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada: I Tessaloniceses 5.22 abstende-vos de toda forma de mal, em lugar da antiga Versão Revista e corrigida que dizia: Abstende-vos de toda aparência do mal.

5
2 Coríntios 6.14 Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?

6
Efésios 5:11 E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.

7
Lucas 5:32 Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento.
I João 1.1,2 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.

8
2 Coríntios 5:18,19 Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.




quinta-feira, 9 de junho de 2011

O QUE DEUS TEM CONTRA A ALEGRIA?

Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas. Eclesiastes 11. 9


Existe um pensamento bastante popular de que Deus não gosta de nada do que nós gostamos, como se tudo o que gostássemos fosse errado. Já se perguntava numa canção antiga: “Será que tudo o que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda?”.

Pois bem, leia novamente o versículo do início e perceba que as coisas não são assim. Qual é o pai amoroso que não quer ver seus filhos sorrirem? Deus, mais do que ninguém não apenas deseja a nossa alegria, como Ele mesmo nos providencia agradáveis momentos de prazer junto aos parentes, amigos, namorado (a) ou cônjuge. O que às vezes esquecemos é que o Senhor, como Pai amoroso que é, deseja também participar desses nossos momentos. Deus não se ofende se cantarmos músicas românticas que exaltem o amor sincero entre um homem e uma mulher, desde que não sejam comprometidos com outra pessoa, é claro; assim como se alegra com os cânticos que lhe rendemos. Jesus não se entristece se curtirmos um dia na praia sozinhos, ou com a família, ou amigos, desde que lembremos que Ele sempre está ao nosso lado e possamos incluí-lo em nossas conversas, apresentando-o aos nossos companheiros e que Ele dirija nossos olhares e pensamentos. Deus não tem nada contra o futebol com os amigos, ou um divertido vídeo-game, o que Ele requer é que nada disso nos sirva de motivação para desobedecer os seus mandamentos, muito pelo contrário, que essas atividades e todas as outras que nos fazem sorrir, nos levem a ser agradecidos, amá-lo e serví-lo mais ainda!

Contudo, sabemos que a vida não é feita só de prazer e alegria e que há momentos maus a enfrentar, principalmente quando nossa fé e amor por Deus são testados com a retirada de coisas e de pessoas que amamos. E assim, do mesmo modo como o Espírito Santo esteve presente em nossa recreação, é também o Consolador e o refúgio nas horas de aflições.

Juventude Cristã, o Deus Trino não somente deseja a sua alegria, como Ele mesmo quer ser a fonte e o motivo maior da sua felicidade.

Quando a Bíblia nos diz que Deus pedirá contas dos caminhos e decisões que tomamos não deve ser tão somente para que nos sintamos ameaçados, mas que seja sobretudo a oportunidade de relembrarmos os momentos agradáveis que nós e Ele passamos juntos. Que Deus nos abençoe!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

NEM UM DIA PARA A MENTIRA!

Hoje o Brasil comemora uma data inusitada, estranha e tola, perdoem-me, mas, não sei definir plenamente, o Dia da Mentira. É comum neste dia, pregar peças uns nos outros, dizer sandices, sempre finalizando com a expressão: “1º de Abril”. Minha falecida mãezinha, se divertia ligando para as vizinhas, noticiando a descida de um disco voador no campinho da cidade, ou perguntando se um fusca gelo estaria estacionado na sua porta; “Não? Vai ver que já derreteu! Kkk, 1º de abril!!!”.  Pois é, eu estava lá com ela e também achava muito engraçado. Mas, pensando bem, por que comemoramos o dia da mentira, afinal? Será que a mentira é algo tão pouco lembrado em nossos dias, ao ponto de precisarmos de uma data especial para não esquecê-la? Será que alcançamos uma sociedade tão verdadeira e honesta que se não fosse o 1º de Abril, não haveria mentira em nosso país? Já imaginaram, se a mentira fosse uma prática reservada apenas para essa data? Que grande avanço, não? Parece outra “pegadinha” de 1º de Abril! É certo que isto está longe acontecer, pois se assim fosse, fora desta data teríamos filhos verdadeiros, pais confiáveis, cônjuges fiéis e políticos éticos, entre outros. Todavia, não é assim, e a mentira, sem a menor graça, avança pelo calendário trazendo tristeza, medo e desconfiança. Já pensou? Apenas um dia de mentiras durante todo o ano?
Entretanto, não é o que estou propondo aqui; não, de forma alguma!
Como cristão, ciente de que Cristo é o Caminho a VERDADE e a Vida, e que o diabo é o pai da mentira, devo dizer que nós não podemos consagrar NEM UM DIA PARA A MENTIRA!
Apesar das doces lembranças da ingenuidade de minha amada mãe, é preciso enfatizar que a mentira não tem graça nenhuma, que ninguém gosta de ser enganado, e que aquilo que o 1º de Abril, tenta suavizar e tornar lúdico, é na verdade, a causa de nossa queda, pois, não foi por conta de uma mentira que nossos pais comeram do fruto proibido?
É preciso que tenhamos cautela, porque muitas coisas que trazem a ira de Deus sobre os homens têm entrado nos lares por meio de brincadeiras bem-humoradas; assim tem sido com o Carnaval, o Halloween e as piadas infames, entre outras.
Não podemos mais brincar com o inimigo, flertar com suas gracinhas, é preciso abandonar de vez qualquer simpatia com o mal! Repita comigo: NEM UM DIA PARA A MENTIRA!

Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou. Colossenses 3. 9,10.
Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. Efésios 4.25.
Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos;  nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças. Efésios 5. 3,4.
Como o louco que lança fogo, flechas e morte, assim é o homem que engana a seu próximo e diz: Fiz isso por brincadeira. Provérbios 26. 18,19.

quarta-feira, 23 de março de 2011

VOCÊ É UM PACIFICADOR?

Bem-aventurados os pacificadores,
porque serão chamados filhos de Deus. Mateus 5. 9
Se a pergunta acima fosse: Você é filho de Deus? Certamente a sua resposta seria afirmativa, afinal se você crê em Jesus, o nome de filho de Deus deve lhe servir, pois, como diz a escritura: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome” (João 1.12). Todavia, de acordo com a mesma Bíblia, o filho de Deus deve ser conhecido como pacificador; isto é, quando todos estão trazendo a “lenha” da ira, da intriga e da discórdia, lá vem ele com o “extintor de incêndios” da sabedoria, do perdão e da mansidão. Sim, creio que a melhor figura para o pacificador seja a do bombeiro.  Há muitas “razões” apresentadas para a ação do incendiário: fazer justiça com as próprias mãos; por natureza não saber levar desaforo para casa; ou apenas por descuido. Contudo, para o bombeiro o que conta mesmo é salvar vidas e evitar danos. Já é tempo dos cristãos se esforçarem “diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (cf. Ef. 4. 3), na certeza de que isto é parte da nossa própria identidade como filhos de Deus. Porém há os que citam Romanos 12. 18 “se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”, justificando que nem sempre é possível manter a paz; e de fato, jamais deveremos sacrificar a verdade e a justiça, em nome da paz; mas, sejamos sinceros em reconhecer que a maioria das vezes em que nos desentendemos e brigamos, não chegamos realmente a fazer tudo o que estava em nossa força para, com justiça, manter a paz.
Lembremo-nos que:
“é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz” (Tiago 3.18). 
Sejamos bombeiros, e não incendiários; sejamos pacificadores!

sábado, 19 de março de 2011

Dê uma Resposta Para o Godofredo! *

*  Esta história é fictícia, mas, mesmo assim, exige uma resposta. 


Me chamo Godofredo vivo numa grande cidade brasileira e trabalho em um bairro muito distante de minha casa. No começo a vida não era nada fácil, pois precisava tomar duas conduções para ir e duas para voltar; eram quatro tediosas horas no “lombo” de um ônibus. De vez em quando, faltando cinqüenta metros para chegar ao ponto, via meu ônibus passar em disparada, com a nítida impressão de ter reparado um sorriso matreiro no rosto do motorista e a certeza de quarenta minutos de espera pela próxima condução. Palavrões e impropérios eu disparava ao vento. Assim, ao chegar no trabalho, já estava bastante estressado, envolvendo-me em desentendimentos, brigas e chateações, que muitas vezes, acabava despejando em casa, na esposa e nos filhos, que com suas próprias irritações não sabiam como lidar com tantos problemas. Assim, com muita dificuldade e economia, finalmente comprei meu “pé-de-borracha” e, agora já não dependo das longas esperas no ponto de ônibus ou dentro de uma condução. Contudo, novos desafios se interpuseram em minha vida: carros, motos, faróis, trânsito. Enfim, percebi que, se no ônibus era um tal de dormir e acordar sem chegar ao destino, a realidade agora é outra: ao volante não se pode cochilar nem por um segundo. Também reparei que, não importa quem esteja errado nas batidas, fechadas ou freadas bruscas, todos estão com os nervos à flor da pele, e ouvir ou gritar palavrões, em geral, é o mínimo esperado. Com tudo isso, entendi que seja a pé, de ônibus ou de carro, as chateações, brigas e palavrões involuntariamente me acompanhavam, trazendo tristeza a mim e à minha família.
Mas, um milagre aconteceu: Depois de lermos um folheto do Evangelho, Eu e minha família nos convertemos!
Acontece que, ficamos sabendo da existência da sua igreja, e por isso, escrevemos ansiosos pedindo ajuda para que nos aconselhem sobre como devemos viver a partir de agora. Entendemos que vocês têm uma experiência cristã maior que a nossa e desejamos sinceramente aprender com seus conselhos e bons exemplos. No aguardo de sua resposta, com amor cristão: Godofredo, Jurema, Juliana e Fredinho.


O que você diria à família de Godofredo? 
Você os convidaria para passar uma semana em sua casa para ver como vive uma família verdadeiramente cristã? 


"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" (1 Corintios 11.1).

O Culto é Para Quem Mesmo?


E dizeis ainda: Que canseira! E me desprezais, diz o SENHOR dos Exércitos;
vós ofereceis o dilacerado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta.
Aceitaria eu isso da vossa mão? —diz o SENHOR. Pois maldito seja o
enganador, que, tendo um animal sadio no seu rebanho,
promete e oferece ao SENHOR um defeituoso; porque eu
sou grande Rei, diz o SENHOR dos Exércitos, o meu nome
é terrível entre as nações. Ml 1. 13,14.

Que Canseira!!!

Era exatamente assim que muitos do povo de Deus se referiam ao culto no tempo do profeta Malaquias. Chegavam a pensar: Pra quê tanto trabalho se no final o cordeiro ia para o fogo? Aliás, pensavam eles: Se for para queimar, melhor que seja um animal doentinho, sem serventia, e deixar o saudável para alimentar a família.
Era mesmo muito curioso o modo como Deus queria ser adorado no Antigo Testamento. Um culto repleto de rituais sangrentos, jejuns, longas leituras da Bíblia e demoradas orações, com todo o povo em pé. Parece mesmo sem nexo, tanto esforço e sofrimento.
Olhar o passado refletindo acerca dessas coisas pode nos levar ao erro de acreditar que isso só podia ter acontecido por pensarmos se tratar de um povo ignorante e primitivo; e que nós, gente esclarecida do século XXI, nada temos com isso; daí o nosso culto ser tão mais agradável que o deles.
Se assim fosse, haveríamos de dar razão aos “avançadíssimos” questionadores do tempo de Malaquias. Todavia, avançando um pouco mais nas páginas da Bíblia Sagrada, encontramos o Senhor Jesus, o verdadeiro Cordeiro de Deus, sofrendo terrivelmente até a cruz. Vemos então, que todo o sacrifício feito no mundo todo, antes ou depois dEle, em nada se compara com o tremendo feito do Salvador. Percebemos que não há esforço ou oferta que possamos fazer capazes de pagar o grande sacrifício de Cristo em nosso lugar.
Não! Os fiéis adoradores do Antigo Testamento não eram ignorantes! Ignorantes eram os “avançadíssimos” maus adoradores do tempo de Malaquias, bem como aqueles que ainda hoje querem prestar a Deus um culto que não dê nenhum trabalho, um culto ao gosto do adorador, repleto de alegria, de arte, de beleza e vaidade, mas, esvaziado do sentimento de profunda gratidão ao Deus Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quanto tempo estamos dispostos a permanecermos na igreja para adorar a Deus? Quais cânticos mais nos agradam? Que tipo de pregação nos atrai?
Não importa o culto que desejamos prestar, o que importa realmente é o culto que Deus deseja que lhe prestemos! Um culto de pessoas que temem a majestade do Altíssimo, que se entristecem pelas próprias falhas, se regozijam no perdão que nos é dado por Cristo, que estão dispostas a ouvir a Sua Palavra e que se dedicam a serví-lO com esforço, amor e santidade! É assim que você presta seu culto a Deus? Que Deus nos oriente!

segunda-feira, 7 de março de 2011

A LEI DA SEMEADURA

Todos os crentes devem saber que a salvação nos é dada por Deus de forma gratuita, através da fé em Jesus Cristo, como diz Efésios 2. 8,9: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. Contudo, quis Deus além da salvação, conceder, no Dia do Juízo Final, recompensas especiais, conforme a qualidade das obras que os salvos praticam.

Leiam I Coríntios 3. 8, 11-15:
“Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”.

Contudo, quanto tempo você está disposto a servir a Jesus até ser recompensado?

De início a pergunta pode soar estranha, mas, eu conheço pessoas que não suportam esperar muito pelos galardões oferecidos por Deus, pois o que fizerem aqui, é aqui mesmo que esperam ser recompensadas! São pessoas que confiam numa tal de “Lei da Semeadura”, publicada em livros, palestras e DVDs, pela qual esperam que Deus as recompense na medida em que fazem essa ou aquela boa obra, esta ou aquela “oferta de fé”.  Por desejarem recompensas imediatas para o bem que realizam, elas acreditam que terão lucro a curto prazo, ao proporem um negócio com o Todo Poderoso. “Semeiam” dinheiro no cofre da igreja e, com um bom lucro, é isto que desejam receber de volta. É lamentável que tenham cunhado o nome de “Lei da Semeadura” pois se fossem realmente coerentes com o ensino da agricultura, saberiam que nunca um fazendeiro semeia de manhã para colher à tarde, pelo contrário, a dedicação e a paciência são ferramentas necessárias ao bom semeador.

“Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas” Tiago 5:7.

Infelizmente, à moda do filho pródigo (Lucas 15. 11-32), esses novos crentes não sabem esperar  para receberem sua herança, ambicionam, não os tesouros do céu, propostos por Jesus ao jovem rico, mas a riqueza que Jesus o mandou abandonar (Lucas 18. 18-24); não a recompensa na Ressurreição dos Justos oferecida pelo Salvador aos bem aventurados (Lucas 14.14), mas o pagamento imediato do bem que pensam terem realizado. Sem perceber, eles desmerecem todas as grandes boas atitudes dos crentes da Bíblia, como se visassem um interesse de prosperidade, exaltação ou alguma outra recompensa imediata, quando a Bíblia enfatiza que o que eles fizeram não visava esta pátria terrena, mas aquela que é eterna (leia Hebreus 11. 13-17;  32-40).

Tais pessoas fazem questão de somar as ofertas que “semeiam”, com tanta expectativa de serem logo recompensadas, que se torna impossível obedecer ao mandamento de Jesus de que a mão direita não veja o que faz a esquerda (Mateus 6.3,4).  Deste modo as pessoas vêem a Deus como um negociante antes que um pai amoroso que dá a cada um segundo a sua bondade e compaixão, muito além das nossas obras, que por mais que façamos não será sequer o que deveríamos ter feito! Um crente assim jamais diria: “sou um servo inútil, pois, não fiz nada mais do que minha obrigação”; tampouco estará disposto a, primeiramente, servir o Senhor da Casa para só receber sua recompensa ao final de tudo.

Confira com Lucas 17. 7-10:
“Qual de vós, tendo um servo ocupado na lavoura ou em guardar o gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem já e põe-te à mesa? E que, antes, não lhe diga: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois, comerás tu e beberás? Porventura, terá de agradecer ao servo porque este fez o que lhe havia ordenado? Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer”.

Sobre a verdadeira Lei da Semeadura a Bíblia ensina:
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” Gálatas 6:7.
“E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão” Mateus 10:42.
“e serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos” Lucas 14:14.
“Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho” 1 Coríntios 3:8.
“E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras” Apocalipse 22:12.

Mas, há pessoas que defendem a recompensa imediata citando Marcos 10. 28-31.

“Então, Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos e te seguimos. Tornou Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna. Porém muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros”.

Todavia, é óbvio que o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, filhos e campos não deve ser visto como o número de propriedades concedidas a cada servo de Deus, e sim a segurança de que onde houver um crente verdadeiro, ali estará um irmão nosso, disposto a compartilhar sua vida, família e bens a favor dos que, como ele, servem ao Senhor.

O pior de tudo é que uma visão errada acerca dos galardões incentiva a ambição dos crentes, mostrando Deus como alguém que se compromete a recompensar a “semente” (cheque) de acordo com o valor, com o nome da pessoa ou o desejo que se pretende realizar escrito no verso do cheque, estimulando as pessoas à busca de riquezas através de ofertas à igreja ou à causas nobres. Tais pregadores da prosperidade chegam mesmo a dizer que através dessas coisas muitos se tornarão milionários!  

Contudo, observe o que a Bíblia nos diz em:

Provérbios 23. 4,5
Não te fatigues para seres rico; não apliques nisso a tua inteligência. Porventura, fitarás os olhos naquilo que não é nada? Pois, certamente, a riqueza fará para si asas, como a águia que voa pelos céus.

I Timóteo 6. 6-10

De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.

E também em Mateus 6. 19-21:

“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”.

Finalmente, cabe aqui frisar que aqueles fazem questão de receber aqui a recompensa pelo bem praticado estão se esquecendo que, assim fazendo, nada mais poderão esperar do Senhor, pois, como Jesus disse dos ambiciosos e exibicionistas fariseus: “Eles já receberam o seu galardão” (Mateus 6. 2, 5 e 16).

Biblicamente, este é o verdadeiro ensino sobre os galardões, ou como alguns podem chamar, esta é a verdadeira Lei da Semeadura!

“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!”  Efésios 3:20, 21


Ps. Por favor, assista esse vídeo e reflita: